Estado da Juventade Portuguesa

Ontem realizou-se um debate no "Prós e Contras" com esta temática. Estiveram presentes desde psicólogos a representantes das juventudes partidárias.

Como já disse, a nossa geração não é rasca, mas o confronto geracional leva a que nós por vezes entremos em choque e sejamos incompreendidos nos nossoa actos/ opiniões. Somos a geração da internet, dos blogs e dos messengers. Ao contrário do que se diz, temos intervenção política com opinião sobre o que nos rodeia. Não necessitamos de estar filiados partidariamente para o fazer.

Todas as gerações têm coisas boas e coisas más. A nossa não viveu num momento repressivo como a ditadura parece mais que agora vivemos um pouco numa anarquia. Passou-se do "oito para o oitenta". É natural que isso faça confusão aos mais velhos. Há mais liberdade com mais opções de escolha. Muitos/ Novos caminhos para chegar ao mesmo fim.

Antigamente haviam determinadas " modas " e agora há outras que vão dar ao mesmo ! Houve a "geração hippie" e agora a "geração rastafari". Para se demonstrar revolta para com a sociedade e o regime, os jovens faziam manifestações (nas faculdades por ex ) cujos intervenientes são hoje em dia grandes líderes políticos nacionais, agora basta usar a internet escrevendo num blog ( como eu ... ).

A grande questão para os jovens de hoje é a preocupação com o trabalho precário ou o desemprego após anos de estudo numa universidade. Antigamente, haviam cursos técnicos até que com a implementação da "democracia" chegou-se à conclusão que o importante era ter "um canudo" ou seja, uma licenciatura porque curso técnico é pouco. Todos os anos formam-se milhares de estudantes com licenciatura que acabam por ter um emprego de subsistência e não de realização profissional/ pessoal. Existem demasiados cursos, demasiadas universidades/faculdades.

A política educativa sempre investiu na quantidade e não na qualidade do ensino e dos seus licenciados. Somos o país que mais gasta em educação da UE por aluno e não nos vale de nada... Seja qual for o governo nunca mais se resolve este problema. No tempo dos nossos pais o mais importante era tirar um curso e ter establidade económica para sair de casa dos pais; com a situação actual é normalíssimo ver filhos a ficar em casa destes até depois dos 30 anos !!!

A política educativa nunca mais se endireita com tendência a piorar a todos os níveis.